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A amizade e a prece

(Sociedade Espírita de Viena, Áustria – Traduzido do alemão)


Ao criar as almas, Deus não estabeleceu diferença entre elas. Que esta igualdade de direitos entre elas sirva de princípio à amizade, que outra coisa não é senão a unidade nas tendências e nos sentimentos. A verdadeira amizade só existe entre os homens virtuosos, que se reúnem sob a proteção do Todo-Poderoso, para se encorajarem reciprocamente no cumprimento de seus deveres. Todo coração verdadeiramente cristão possui o sentimento da amizade. Ao contrário, esta virtude encontra no egoísmo das almas viciosas o escolho que, semelhante à semente caída sobre a rocha árida, a torna infecunda para o bem.

Cercai vossa alma com o muro protetor de uma prece cheia de fé, a fim de que o inimigo, seja interno ou externo, aí não possa penetrar.

A prece eleva o Espírito do homem para Deus, liberando-o de todas as inquietudes terrenas, transportando-o para um estado de tranquilidade, de paz, que o mundo não lhe poderia oferecer. Quanto mais confiante e fervorosa for a prece, melhor será ouvida e mais agradável a Deus. Quando a alma do homem, inteiramente penetrada de zelo santo, eleva-se para o Céu na prece íntima e ardente, os inimigos interiores, isto é, as paixões do homem, e os inimigos exteriores, isto é, os vícios do mundo, são impotentes para forçar os muros que a protegem. Homens, orai a Deus com toda confiança, do fundo do coração, com fé e verdade!


Allan Kardec – Revista Espírita: Jornal de Estudos Psicológicos. N. 6; Ano 6,1863. FEB Editora.


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