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Mensagem do dia - Primavera de Marta

Nova Temporada


À semelhança de uma imensa moradia, cada ser exibe portas de entrada e janelas com as quais observa o mundo que o cerca. Estamos torpedeados de vibrações por toda parte.

Em torno de nosso perímetro, registramos as vibrações antagônicas dos desfalecidos do caminho. Petardos de ódio das almas em densas sombras. Os raios alucinógenos dos viciados nas sensações grosseiras. E de muitos surgem os espinhos da maldade, os alfinetes da intriga e os punhais afiados da intransigência.


Mas se a floração denuncia arbustos secos e gravetos imprestáveis, igualmente anotamos quem, em derredor de nós, emite sublimes irradiações de ternura e encorajamento.

Amigos que se parecem a árvores frutíferas, sustentando frutos de amizade e bem-estar.

Parentes que valem por irmãos bem-amados, nos patrocinando a cada dia um sorriso de contentamento.


Vizinhos que se fazem mourões de bondade e fraternidade.

Idealistas que comungam conosco o sonho de uma terra justa e solidária.

Servidores diversos que nos acolhem como somos, sem exigências de qualquer espécie.

Se nos assemelhamos a uma casa, ofertamos a alguns entrada em nosso domicílio emocional e a outra se nos faz justo cercear o acesso, evitando o contágio com as suas emanações pestilenciais.


Os socorreremos pela prece.

Ofertaremos ajuda pela intercessão.

Nosso diálogo, em momento oportuno, lhes desanuviará a falta de discernimento.



Nossa casa íntima é nossa fortaleza. Não a tenhamos na condição de um bunker inexpugnável, onde o acesso seja tão fechado que não nos permitamos contato com os sem-lares do mundo, a vaguearem do nada para lugar nenhum, mas a prudência recomenda que somente ofertemos acesso a quem surja disposto à mudança, buscando renovação e aprendizado, refrigério e orientação para os próprios pés.


Na casa de Jesus, onde o bem reina e faz morada, suas portas e janelas estão sempre abertas para acolher a indigência do mundo, onde transitamos quais despossuídos de moradia própria, algumas vezes em atentado ao domicílio alheio, ainda exibindo o primitivismo das paixões e o açodar dos instintos.




Na casa de Deus tem muitas moradas, afirmou o Celeste Amigo, mas para nelas residir com segurança e harmonia, imprescindível se faz portar o alvará de bom inquilino, obtido nas trilhas do muito amar.


Marta

Salvador, 10.05.2023

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