A Terra parecerá a muitos vasto território de sombras, ainda assinalada pela predominância do mal na maior parte das ações humanas. O crime, a falsidade e a leviandade parecem zombar da ética e do decoro, à medida que parecem triunfar na ribalta dos acontecimentos de cada dia.
A presença da guerra é sinal inequívoco da inferioridade e abastardamento das criaturas, fortemente impregnadas de egoísmo feroz e individualismo doentio.
Os missionários do bem se contam nos dedos, surgindo no cenário do mundo muito raramente, mas a massa de tresloucados e psicopatas não cessa de crescer, produzindo biótipos todos os dias, a aturdirem uma sociedade já por si mesma ansiosa.
O caos toma conta do trânsito, a rebeldia enlouquece a juventude e a vulgaridade parece aliciar largas faixas de indivíduos, que sucumbem aos apelos da carne em evidência.
Toda a beleza jaz no colágeno impecável das deusas das passarelas. O homem dito metrossexual é o paradigma do macho alfa.
Fora das redes sociais não existe vida. Uma falsa sensação de onipotência enlouquece o internauta fanático, que abdica da vida presencial para se tornar um game em tempo integral.
Tudo tem que ser para ontem, lançando mais pólvora no barrio das tensões já prestes a explodir.
Quase todas as conversas e diálogos são ligeiros, sem profundidade e os relacionamentos tendem a ser cada dia mais líquidos, lhes faltando substância e vitamina do afeto sincero.
Certamente que em muitos lugares agitados a vida social se apresentará com essas tintas carregadas, contaminando a família e a amizade, mas igualmente se observa uma crescente busca do ser humano por uma qualidade de vida fora desses padrões de anorexia afetiva.
Tem muita gente trabalhando a solidariedade, tecendo uma rede de afeto e compartilhamento. Grupos humanitários de moços e moças se devotam a socorrer comunidades esquecidas, batalham pela preservação de espécies animais em risco de extinção, fazem mutirões de reflorestamento, limpam rios e praias do lixo produzido pela sociedade consumista e divulgam a arte e a cultura do livro de uma forma encantadora.
Tem gente que abriu uma ONG na favela e no gueto, investindo em novos talentos, prestigiando a comunidade onde renasceu.
São empreendedores raiz.
Poderiam estar deslumbrando o mundo nas grandes capitais da América do Norte ou da Europa, mas preferiram o anonimato em favor dos invisíveis sociais.
São formiguinhas no trabalho de renovar a comunidade, desenvolvendo ações humanitárias e educativas de alto relevo.
Não carregam consigo o ranço de quererem fazer prosélito, fundar associações poderosas no dinheiro ou na influência sobre o mercado de capitais. Não buscam destaque na grande mídia e quase sempre estão em dificuldades financeiras para manterem seus projetos, contando com doações esporádicas ou mecenas de pequeno porte.
Mas fazem a diferença. Eles estão erguendo um novo tempo e investindo na valorização do ser humano, num tempo em que a máquina e a tecnologia parecem eclipsar os sentimentos e empanar a amorosidade.
A ostentação tem sido impiedoso garrote desta sociedade, que renega o Espírito e canonizou o corpo físico.
Entretanto, justamente no meio do turbilhão das vaidades e no epicentro da arrogância, a humildade se avulta sem anunciar a presença, a simplicidade ganha destaque e a gentileza volta a ser item da boa etiqueta.
O materialismo se esgota a olhos vistos, o ter não basta e a carência gritante de valores mais consistentes impele muitas almas sinceras a buscarem algo mais.
O resgate da amizade, o cultivo da ética, a postura transparente e a coerência passaram a ser itens de vida e dos relacionamentos que não se pode olvidar.
Uma vida saudável não são tão somente dietas exóticas, corpos esqueléticos e frequência obsessiva a academias de ginástica, onde equipamentos esculpem corpos que atendam às exigência do açougue humano. Fundamental ter paz interior, harmonia nas atitudes e bom senso e equilíbrio nos atritos do cotidiano.
Saúde emocional não se ergue de uma hora para outra. É construção demorada, tecida a cada dia da vivência no mundo.
O ser mais saudável do mundo foi Jesus Cristo. Nele haviam cessado os processos. Absolutamente sadio na intimidade, jamais adoeceu por fora ou se permitiu contagiar com nossas enfermidades morais ou físicas.
Uma serena compreensão de nossas dificuldades fez D'Ele nosso maior paradigma. E sua ONG, sob patrocínio do Pai, começou numa vila de pescadores, nutriu o coração de milhões de adeptos de esperança e varou os séculos, estando até hoje de pé nos corações de Seus muitos admiradores e aprendizes.
Nunca precisou do metal que circulava no mundo. E falando a linguagem da alma, arrancou muitos do sofrimento e da apatia.
Tornou-se tão elástica que hoje tem filiais no planeta todo.
Ainda tem vaga.
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Favor ligar para o ramal 5, 1 a 12. Falar com Mateus.
Marta
Salvador, 04.07.2022