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Primavera de Marta - Mensagem do dia 08.11.2022



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Todos os dias o ser humano possui infinitas possibilidades de recomeçar as tarefas interrompidas. O amanhecer muito se assemelha a um renascimento, que oportuniza novas ensanchas e faculta retomada de projetos e sonhos interrompidos. Mesmo quando a criatura se mostra indócil e invigilante para com os deveres da existência, a Misericórdia Excelsa aponta rumos novos para libertação de grilhões e amarras retentivas no campo vasto dos sentimentos.


Pusilânimes se reerguem da própria miséria moral e se fazem paradigmas de honradez.


Traidores volvem aos caminhos das próprias quedas e restabelecem laços de confiança com aqueles que lhe foram vítimas.


Defraudadores da verdade são constrangidos pelo tempo ao regresso ao sítio das suas torpezas, onde restauram, a ingentes sacrifícios, os valores que aviltaram um dia.


Observa-se que a Suprema Justiça, aliando-se à Excelsa Misericórdia, sempre faculta oportunidades de reabilitação ao calceta, refazimento da tarefa ao néscio, restauração da verdade ao mendaz e por isso mesmo, cada ser colhe apenas aquilo que um dia lançou na terra fértil em forma de sementes.


O processo pedagógico da vida é sempre recuperar aquilo que se perdeu ou tresvariou, ofertando mil caminhos para que a inteligência desviada reconheça o equívoco, retorne aos palcos onde delinquiu e refaça seu papel no teatro onde interpretou mal seu personagem.


Nenhuma punição. Educação e reeducação.


Inexistência de premiação imerecida. Em tudo, resultado como consequência dos atos praticados.


Castigo, nem pensar! Refazimento das atitudes equivocadas.


Certamente que o livre arbítrio, divina concessão da Inteligência Infinita, possui limites traçados pelas indefectíveis leis, ocorrendo muitos casos onde este é cerceado temporariamente para que o ser não ultrapasse limites que comprometam em demasia sua jornada iluminativa. Um passivo de muitos erros e delitos enseja desaceleração do processo evolutivo, constrangendo o calceta à limitação de sua capacidade de escolhas, autorizando que inteligências sublimadas adotem providências compatíveis com o caso peculiar, variando de ser para ser. Tanto quanto na Terra se adota a segregação transitória ou definitiva de alguém que se fez tormento social ou célula maligna no corpo social, o afastando da convivência para a indispensável terapia de reajustamento.


Em parecidas circunstâncias, o Pai cuida de Seus filhos na infinita escola da vida.

Retira órgãos e suprime braços e pernas em condições excepcionais, evitando novas quedas da alma em tratamento demorado.


Atrofia dos equipamentos do pensamento impedem, momentaneamente, recidivas no terreno das loucuras e dissipações do poder temporal.


Muletas e cadeiras de rodas, em diversos casos, são medidas profiláticas em favor daquele que se movimentava em demasia no território das próprias paixões.


Tudo visando correção, reajuste, reflexões.

Observadas tais medidas pela ótica materialista, certamente que a natureza agiu com discricionariedade arbitrária, permitindo a uns o que a outros negou. O ateísmo afirmará que as leis da vida agem por simples impulso e pelas vias do acaso. E o assunto está encerrado.


Mas quando uma visão mais dilatada se ajusta, observamos que a "Divindade não dá asas a cobras". Continua cuidando do réptil, fazendo este rastejar no solo do mundo, enquanto não dispuser de alavancas aladas para ascender ao cume das montanhas.


Oferta ao colibri as flores do bosque e dá ao escorpião o veneno com que se defende ou caça presas.


Elabora o berçário das estrelas no infinito e permite ao quero-quero edificar seu ninho no chão.


Em toda parte a Sabedoria que educa.

Nenhum céu gratuito, sem esforço.

Inferno algum eterno.

Em qualquer dimensão da vida, trabalho, suor e lutas.

Quedas são ocorrências naturais de quem está de pé.


Quem caminha pode tropeçar.

A adoção de vícios tem um custo.

Atos e inércia tem consequências.

Se até o cabelo de vossas cabeças está contabilizado, se não cai uma folha das árvores sem a permissão divina, por que o ser, obra prima da criação estaria ao léu, ao descaso da Suprema Inteligência?


Reflete sobre tuas atitudes.

Medita nas escolhas que tens inserido em tua existência.


Analisa as companhias que elegeste para tua convivência.

Pondera as metas e os métodos de tua atuação no mundo.


Difícil não será concluir que até aqui Deus sempre esteve contigo, mas se preferes a rebeldia, te compraz no espírito incendiário, deliras na fogueira das paixões, tudo mais que venha como saldo é de tua inteira responsabilidade.

Entendeu?


Se achas complicado este raciocínio, recorre a Jesus em tuas cruzes e crises, e o Mestre te repetirá aos ouvidos moucos uma vez mais:

- Eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância!


Marta

Salvador, 08.11.2022

 
 
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