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Primavera de Marta - Mensagem do dia 16.11.2022


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Nada obstante os admiráveis avanços da tecnologia e da ciência, inúmeros desafios de natureza emocional e da convivência parecem querer entravar a marcha do progresso.


Homens e mulheres se enxergam num embate de poder jamais visto na história. Bastidores da política fervem na tensão de grupos que se revezam no poder, sem necessariamente apresentarem políticas públicas que solucionem os graves problemas do cidadão em desamparo. Sob outra ótica, observa-se grupos que se engalfinham pela perenidade no mando governamental, criando barreiras que impeçam a chamada oposição de chegar ao poder, e nessa dominação longeva, encastelam-se como tiranos modernos.


Enquanto isso, ambientalistas mostram que o planeta corre risco de uma profunda intoxicação se providências não forem adotadas quanto à preservação do meio ambiente.


Montanhas de lixo industrial e doméstico, sem reciclagem e sem destinação adequada, criaram impasses em muitos lugares, sem que as cabeças pensantes tenham chegado a um consenso de uma solução adequada ao urgente tema.


Presídios abarrotados de sentenciados, gerando uma população carcerária desassistida, qual barril de pólvora em conchavo com o palito de fósforo aceso.


A calamidade da saúde pública, que não consegue atender de maneira digna a parcela social mais vulnerável, onde a carência e a precariedade de hospitais e maternidades agridem a dignidade da pessoa humana.


Serviços diversos sucateados. Transportes públicos abarrotados de gente ansiosa, inquietas por chegar logo ao local de trabalho, receosas de perderem o emprego que lhes garante a sobrevivência.


E entre tantas outras tensões, a alta carga tributária, em sangria impiedosa dos recursos já escassos em muitos lares, onde a geladeira e a dispensa vazia causam revolta e anarquia social.


Não seja de estranhar que nos agitados dias que ora atravessamos todos nós, surjam lideranças que, em percebendo a revolta surda, a indignação crescente e a falta de lideranças equilibradas inflamem os mais revoltados, promovendo o caos e dele se valendo para ganhos próprios.


O oportunismo na vida pública ou privada. O uso criminoso das redes sociais para espalhar medo e pânico. A agressividade gratuita, a retratar uma sociedade que se encontra profundamente enferma das emoções e dos sentimentos.


Corpos saudáveis, conduzidos por almas doentes.


Discursos bem articulados por fora e na intimidade as intenções mais sombrias.


Afivelando ao rosto máscaras de conveniência, conforme os ventos soprem, a criatura humana se movimenta entre os semelhantes buscando atender os anseios do ego e dar vazão aos seus conflitos reprimidos.


A criança traumatizada de ontem por pais irresponsáveis e autoritários, forjando o adulto violento de agora. A escassez que deixou marcas na alma, ora se manifestando em alguns biótipos como luta pelo poder de mandar e ter.


Outros, buscam guiar as massas, agindo como arautos do caos e da violência, possuidores de traumas não trabalhados na intimidade profunda.


O espectro é muito grande, impossível de ser abarcado por um único aspecto. Cada pessoa é uma singularidade e sua história pregressa não pode ser desprezada, reunindo dores e alegrias, momentos marcantes e traumatizantes, a gerarem as reações do agora.


Enorme esforço da psicologia em tentar compreender uma sociedade que parece ter perdido o rumo e a direção. Ansiedade galopante, depressivos aos milhões, pânico e outras síndromes em cascata quase que incontrolável.


Urgente se faz uma reflexão mais profunda em torno desses dramas dos tempos modernos. Buscar soluções não químicas, que mascaram sintomas, sem penetrar as causas, a residirem no Espírito, que padece de ilusões e mágoas longamente nutridas.


Uma simples ofensa desencadeia um revide desproporcional. Mata-se um cidadão por um tênis ou por estar descalço.


Um conflito de trânsito desencadeia uma fúria que leva o suposto ofendido a ceifar a existência alheia, arruinando a própria caminhada.


Reclama-se temperança nos comportamentos. Cada dia fica mais difícil achar uma pessoa que transite entre diferentes grupos ideológicos sem os agredir.


Alguém que dialogue com sensatez. Um ouvini atento ao que o outro está dizendo.


Época de paradoxos.

Religiosos de pavio curto e materialistas sensatos.


Ricos de moedas, praticando a solidariedade e a filantropia, e pobres de recursos, ricos de soberba e boçalidade.

Celebridades simples e fã em inveja surda pela fama que não alcançou.


Como já dito e escrito tantas vezes, quanta falta faz Jesus em nossos conturbados dias!


Sua serenidade no trato das inquietações humanas. Sua palavra calma nas grandes agonias. Seu silêncio em situações de tormento íntimo.


Enquanto aguardava Sua hora de testemunhos difíceis, seus discípulos dormiam. Ele orava. Aqueles, ressonavam.

Certamente que desejarias manhãs mais calmas, tardes amenas e noites de violão e poesia, mas a realidade que te cerca está cada dia mais neurótica.


Tentas desacelerar, contudo a dinâmica urbana te empurra ao turbilhão do bloco do frenesi.


Preferias a melodia de pássaros em tua janela, mas o som que te chega assemelha-se a um martelo em teus tímpanos.


Quanto te permitam as horas, articula algumas pausas para orar.

Medita em torno de alguma página otimista.


Fixa teus olhos numa praia deserta ou numa flor solitária na haste verde de teu jardim.


Tira os sapatos e pisa o chão com os pés desnudos.

Ouve, cedo, uma música clássica, viajando nas notas musicais dos grandes mestres.

Busca refazer teu íntimo quando o caldeirão externo te ameace o equilíbrio. Quanto mais te pacifiques, mais serás procurado por pessoas em desalinho. São aves feridas pelas pedradas do mundo, rogando uma palavra gentil, um sorriso ou um copo de água.


Atende-os. Foi Jesus que os enviou para que teu equilíbrio os ajude a encontrar a serenidade perdida.


Quanto mais os possa ajudar, mais firme será tua saúde emocional e psíquica.

É dando que se recebe.

É da Lei!


Marta

Salvador, 16.11.2022

 
 
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