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Primavera de Marta - Mensagem do dia 30.11.2022

  • 30 de nov. de 2022
  • 3 min de leitura

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Por toda parte não será difícil localizar os indivíduos que estão caminhando no mundo, buscando alguma coisa de seu interesse.


Muitos estão atrás de títulos acadêmicos, com que possam afrontar a sociedade inculta. Outros, correm atrás dos ganhos fáceis, sem muito ou nenhum esforço, com que possam dar cama à própria indolência.

Alguns se desgastam atrás de sensações da libido, vergastados pela inquietação íntima que os vampirizam sem piedade.


Mais outros se atormentam pelo destaque passageiro das mídias e dos holofotes, sedentos de notoriedade e fama fugaz.

Muitos conseguem, e desidratam o estoque de paz que lhes restava.


Alcançam o quanto buscado, e percebem que outros também lograram, se igualando a muitos com a mesma aquisição.


Outros diversos se deixam afadigar pelos ouropéis ilusórios e se desequilibram nas emoções, destruindo a saúde.


Gastaram muitos anos ou mesmo décadas correndo atrás do pote de ouro no fim do arco-íris, e quando lá chegaram, a chuva tinha acabado, a luz solar tinha sido alterada e a refração produzida era apenas jogo de aparências.


Não seja de estranhar uma geração de frustrados, decepcionados, amargurados. O consumismo desvairado, o sexo na cabeça, o ego sempre em destaque, o campeonato das vaidades e a presunção corroendo as engrenagens íntimas tem produzido uma legião de mutilados emocionais, portadores de teratologias psíquicas de diagnóstico e tratamento demorado.


Consultórios psiquiátricos e psicológicos estão abarrotados. Exagerado consumo de tranquilizantes e soníferos. Ansiolíticos devorados na automedicação, solapando a frágil harmonia orgânica.


E queixas, muitas queixas em qualquer conversa ligeira.


Se lastima a falta de tempo, mas o quanto se dispõe dele é utilizado por muitos para a frivolidade e para o cultivo da infantilidade.

Queixosos se dizem abandonados ou esquecidos por Deus, fazendo disso bandeira de um discurso sofista e arrogante, como se a Divindade lhes devesse um favor especial.


Tempo de leituras ligeiras, onde o conhecimento é vasto, mas superficial.

Intermináveis horas nas redes sociais, e quase nenhum momento em anamnese de si mesmo.


Ladainhas repetidas muitas vezes, como a vencer a Providência Divina pelo cansaço, sem qualquer esforço por alterar vícios, rotinas e padrões repetitivos de conduta e comportamento.


E quando o diagnóstico médico sinaliza a falência desse ou daquele órgão, impondo a medicação cara ou o ato cirúrgico, o indivíduo opta pelo vitimismo, pela derrapagem no complexo de inferioridade, quando não se adentra no escuro labirinto do negacionismo racional.

Faz-se franco atirador.


Revolucionário de causa nenhuma.

O importante é atacar alguém ou alguma coisa, imputando-lhe as causas do próprio fracasso.


Torna-se poço de águas pútridas. Charco emocional de miasmas pestilenciais.

Se presentemente começas a observar tua vida resvalando para a queixa contínua, manhãs cinzentas e tardes de apatia, desacelera as buscas e insere uma pausa para ressignificar tua existência.


Silencia ante essas caixas de ressonância que te aturdem a casa mental.


Aconselha-te com o silêncio e te permitas refazimento na oração.


Tanto quanto possas estar apenas sob o bombardeio de forças externas, que se irradiam da sociedade em revolta e agitação excessiva, te contaminando, igualmente podes ser, como tantos outros, vítima de injunções obsessivas, cujos petardos partem de mentes domiciliadas em outras faixas de vida, buscando te desequilibrar.


Refaz a homeostasia perdida enquanto podes.


Prioriza valores que te enriqueçam a alma.

Ouve uma música suave, buscando refazer tua serenidade turbada.


Se as lágrimas te voltarem aos olhos secos de tanta aridez, permite a lubrificação de teu íntimo convulsionado pelas inquietações da hora que vivemos.


Ninguém blindado, isento de ser retirado do eixo do equilíbrio nesses momentos difíceis que estamos todos atravessando. Há muito discurso de paz, de renovação, de nova era, mas grande parte deles são falácias, sem substância interna.


Os papagaios portadores de facúndia admirável estão por toda parte.


Guiam massas, impossibilitados do próprio autocontrole. Dizem ser salvadores, enviados do altíssimo, não passando de enfermos emocionais, a caminho da ruína mental.


Acautela-te desse morbo.

Imuniza-te desse contágio.

Espairece quando as circunstâncias te favorecerem, buscando alguma paisagem onde possas encontrar a ti mesmo. Reflete sobre tuas buscas até aqui. Sopesa quanta energia vens consumindo naquilo que até agora apenas dilapidou tua paz. As conexões com pessoas tóxicas, que vem envenenando tua alegria de viver.


Quantas conquistas com as quais gastastes imensos esforços e que no fim não te trouxeram vantagem alguma, exceto cansaço e irritação.


Evoca o Filho de Deus.

Nada possuiu no mundo, sendo o governador da Terra.


Optou pela simplicidade e fez de Sua mensagem um poema inesquecível de amor.


Escutava muito, falava pouco.

Permanente sintonia com a natureza. Íntima conexão com o Pai.


Dele fazendo teu paradigma e modelo, é possível que venhas a desagradar o mundo, atraindo para ti críticas e doestos, zombaria e sarcasmo. Faz parte da mudança.


Eles também serão constrangidos à metamorfose bem mais tarde.


Se tua histogênese começa a prenunciar que vais virar uma falena, deixa a natureza seguir o curso da vida. A fase da lagarta e do casulo devem ser superadas.

Estás condenado por Deus à felicidade. Esta, tua fatalidade!


Marta

Salvador, 30.11.2022

 
 
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