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Primavera de Marta - Mensagem do dia 31.10.2022


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Será sempre nas fontes das próprias experiências que o Espírito beberá o doce néctar de suas conquistas ou experimentará o amargo elixir de seus fracassos.


Herdeiro direto de multifárias vivências, transitará do instinto para a razão e desta para a intuição, edificando a própria história com o cimento de seus atos.


Quando no estágio da consciência desperta opta livremente por ceder aos apetites inferiores, de momento frui a ilusória alegria de locupletar-se no campo dos desejos satisfeitos, tentando ignorar que o ato insano e a conduta equivocada alteraram rotas alheias, igualmente promovendo na própria marcha resultados indesejáveis. Ao colher os resultados da inquietação e da consciência de culpa, tenta evadir-se da compulsória correção, imposta por leis soberanas.


A consciência ultrajada exige corrigenda. A vítima se faz algoz impiedoso. Projetos acalentados sofrem atraso na sua execução. A dor e o sofrimento surgem por instrumentos de renovação e aprimoramento.


Sob o aguilhão da restauração indispensável, o autor do gesto ou da manobra infeliz se vê constrangido ao resgate da própria falta, iluminando-se a caminho das regiões felizes.


Em percebendo que a má semeadura enseja colheita de dificuldades, o inquilino do casulo orgânico vai despertando os centros psíquicos da vida moral, se ajustando à dinâmica do amor e da fraternidade.


Aprende que quem doa, multiplica.

Quem divide amor, agrega esperança aos tesouros íntimos.


Trabalho no bem atrai parceria preciosa.

Estudo dedicado dissipa a ignorância e liberta o ser dos vagidos da ilusão.


E igualmente o investimento das energias nas ações deletérias possui seus efeitos na esteira do tempo.


Embaraços na ascese. Consciência de culpa reclamando iluminação para dissolver a pequenez moral.


Aumento dos antagonistas ao progresso que lhe é próprio. Distanciamento de afetos e entes queridos, guindados a planos superiores, enquanto o calceta patina no lodaçal da incúria e da viciação de livre adesão.


A saudade dos amores o corrói por dentro. A falta de quietude nas províncias da consciência o aturde. As pelejas enfrentadas e os resultados pífios obtidos geram frustrações crescentes, desanimadoras.


Chega um instante dourado onde o ser dilui parte de sua cegueira espiritual, se permitindo enxergar a longa estrada percorrida e o quanto está à sua frente.


O passado clama por corrigenda.

O futuro acena com paz interior.

O pretérito exibe manchas, nódoas que são reflexos das ações ignóbeis. O amanhã instiga o ser ao investimento intenso no resgate, pacificando as labaredas que consomem o joio imprestável.


Espírito algum fugirá das próprias escolhas. Alma alguma atravessará os caminhos terrestres sem experimentar o efeito das próprias ações.


E quando as atitudes começam a refletir uma firme decisão de acertar, o pensamento deixa de ser egóico, a amorosidade começa a ser um princípio ético e comportamental, a ventura, como sopro de vitalidade e renovação, vai imprimindo nova paisagem nas almas exaustas de tanto errar.


Paixões se tornam emoções superiores.

Grilhões se desfazem, dando lugar a asas libertadoras.


O instinto altera-se, fixando no ser a prevalência dos sentimentos.


O outro deixa de ser usado, triturado, esmagado, tornando-se parceiro de caminhada comum.


O tirano se faz servo de todos.

Inegável reconhecer que quando a mensagem do Cristo se aninha, lúcida e bem compreendida, na intimidade do ser, nova criatura ela se torna.


Já não se compraz no mal.

Em todo lugar e circunstância, enxerga oportunidade de servir.


Adapta-se com facilidade a qualquer ambiente inóspito, saneando com esforço e boa vontade a atmosfera insalubre.


Serve sem a preocupação da retribuição de qualquer espécie.


Acolhe críticas como estímulo.

Recebe elogios sem matricular-se na escola da vaidade.


Se sabe ainda pequeno, mas não atira pedras nos gigantes. Reconhece as próprias limitações, mas prossegue alegre e cheio de bom ânimo na oficina do aperfeiçoamento sem fim.

Seu modelo e guia é Jesus.


Admira e respeita no mundo aqueles que estão lutando contra os arrastamentos perniciosos, mas não lhes tributa qualidades que estes não possuem nem elege tronos de fantasias para bajulação perniciosa.


Dá a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.


Torna-se um operário dedicado na construção da nova era, a começar de si mesmo.


E quando sob imposição da morte, abandona o cenário do mundo, simplesmente recolhe a ferramenta gasta na gleba sensível e retoma o caminho de casa, ofertando seus frutos ao Senhor da vinha.


Onde estiverem, serão sempre reconhecidos como discípulos D'Ele, por muito amarem.


Marta

Juazeiro, 31.10.2022

 
 
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